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Terapia imunobiológica: a inovação no tratamento das doenças reumáticas

Foto do escritor: Clínica ReumatoClínica Reumato

Por Dra. Ana Teresa Amoedo l CRM-BA:11237

Médica reumatologista e Diretora Médica da Clínica Reumato

Professora de Reumatologia da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana)


A medicação imunobiológica é um dos maiores avanços da história, sendo responsável pelo melhora considerável na saúde da população mundial. O medicamento biológico é derivado de material vivo, geralmente, baseado em proteínas ou ácidos nucleicos. São produtos desenvolvidos a partir da biologia molecular e, geralmente, usados no tratamento de doenças crônicas.

A terapia imunobiológica tem sido utilizada desde 1998. Esses novos agentes terapêuticos, obtidos por engenharia genética, reproduzem os efeitos de substâncias já existentes em nosso organismo fabricadas pelo sistema imune, atuando diretamente no processo inflamatório. Nesse processo ocorre uma sucessão de eventos que atuam em cadeia, nos quais estão envolvidos várias moléculas, entre elas as citocinas. As citocinas possuem receptores nos quais se ligam substâncias, no caso os agentes biológicos, que as neutralizam assim, combatendo inflamação.


As principais doenças tratadas com a terapia imunobiológica são: artrite reumatoide, artrite psoriática, espondilite anquilosante, lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, vasculites, enterocolopatias e psoríase cutânea. Diversos dados da literatura evidenciam que o tratamento com biológicos conduz à diminuição rápida dos níveis de marcadores de inflamação de fase aguda, da PCR, do VHS e também de citocinas.

A principal diferença entre os medicamentos biológicos (moléculas grandes, semelhantes a proteínas produzidas pelo próprio organismo) e os tratamentos tradicionais (moléculas pequenas com ação em múltiplos locais) são os alvos atingidos. Os medicamentos biológicos são desenvolvidos para atingir as moléculas específicas do sistema imunológico que são responsáveis pelo surgimento da doença. A complexidade molecular consiste em outro diferencial entre os biológicos e os medicamentos convencionais. Enquanto as moléculas dos medicamentos tradicionais são pequenas e simples, as de um biofármaco possuem uma estrutura espacial mais complexa e com peso mais elevado.

A descoberta desses medicamentos tornou a terapia mais eficaz, reduzindo efeito indesejáveis e estimulando o desparecimento sintomático das doenças autoimunes, permitindo, assim, que o paciente aumente a capacidade de seus movimentos articulares e restabelecendo a disposição para o seu dia a dia.
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